Por: Andreea Blidar
Em maio de 2013 a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), lançou uma publicação, com o título “Edible insects: Future prospects for food and feed security”, que veio chamar à atenção para o consumo de insetos (entomofagia). Universidades, politécnicos e centros de investigação começaram a desenvolver projetos que sustentam a integração destes pequenos seres nos hábitos alimentares.

A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria, é o exemplo de uma instituição pioneira nesta temática, que tem vindo a levar a cabo inúmeros projetos na sequência da publicação supracitada. Têm criado desde pratos salgados a doces, com tenébrios, grilos, gafanhotos e zophobas.
A ausência de legislação a nível Europeu e a repulsa por parte do consumidor têm sido as principais ameaças para este tipo de alimentação, contudo, estamos a evoluir.
Surgiram também novas alternativas ao consumo dos insetos na sua forma convencional, como a farinha, barras energéticas e bolachas, tudo com insetos.
Segundo a FAO, em 2050 o mundo terá 9.000 milhões de habitantes, prevendo-se assim, que as necessidades de produção de alimentos dupliquem.
Relatórios da ONU apelam a mudanças sustentáveis na agricultura e nos sistemas alimentares. A alimentação à base de insetos pode ser uma alternativa não só para combater a desnutrição mundial, relembrando que segundo relatórios da FAO “a fome no mundo continua a aumentar”, e por outro lado, ajudando a colmatar as elevadas taxas de obesidade que apontam que no mundo “um em cada oito adultos é obeso”.
Os insetos têm elevado valor nutricional, baixo custo de produção e são amigos do ambiente, principais razões para serem encarados como uma alternativa promissora. Por outro lado, também poderão ser oportunidades de mercado para as empresas do futuro, juntando-se assim o útil ao agradável.
Neste sentido, a entomofagia ajudará a cumprir vários dos objetivos de desenvolvimento sustentável, como o objetivo “Fome Zero até 2030”.
Devem ser criadas políticas de modo a repensar os nossos hábitos alimentares e ir na “onda” de uma alimentação que nos trará benefícios a longo prazo, contribuindo assim para a mudança das tendências menos benéficas divulgadas por entidades competentes.
Agradecimentos
· Um especial agradecimento à docente Patrícia Borges da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, Peniche do Instituto Politécnico de Leiria por toda a informação disponibilizada.
Bibliografia
· http://g1.globo.com/
· http://www.fao.org/portugal
· https://jornaleconomico.sapo.pt/
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